uva tinta de superior qualidade, originalmente proveniente do Caucaso, e conhecida na antiga Pérsia, é talvez a uva vinifera mais antiga do mundo. O nome Shiraz vem da cidade de Shiraz (Iran), onde era muito cultivada na antiguidade. Trazida para o Ocidente, criou raízes “modernas” no sul da Borgonha e na Provence (França). Hoje casta principal dos Côtes-du-Rhône, do famoso Chateauneuf-du-Pape, e dos Côtes-de-Provence. Fora da França produz bons vinhos varietais, que podem chegar a ótimos; muitas vezes pecam pelo excesso de acidez e presença taninos potentes, por vezes difíceis de controlar; são freqüentemente combinadas com cabernet. Shiraz é hoje a uva nacional da Austrália. Interessante assinalar que recentemente foi acertada uma longa disputa, da Syrah com Petite Sirah (Califórnia). A análise de DNA de amostras da França, da Califórnia, e da Austrália, provou serem em vários casos a mesma; mas houve vários casos onde se identificou P.Sirah com a obscura Durif.
Na França, a syrah ocupa lugar de destaque no centro-leste e no sudeste; no Novo Mundo, a shiraz se destaca na África do Sul e na Austrália, sendo que o famoso Grange supera com facilidade a concorrencia, mesmo dos franceses.
O visual de vermelho intenso e profundo, mas com brilho, denota bons taninos, sem excessos de cor; aromas de ameixa, nectarina e um leve toque de amora e cravo; no paladaar sabor marcante de ameixas frescas e cerejas, com pouca acidez, e bom equilibrio; macio, e deixando uma boa permanencia de paladar, com aromas secundários agradáveis. Em resumo, uma excelente uva tinta.
São sempre vinhos saborosos e estruturados; acompanham bem pratos de carnes e aves, e queijos amarelos. Pode ser também uma boa opção para acompanhar fondues e soufflés. Uma outra combinação muito boa é com crêpes salgadas.