uva branca espanhola utilizada na produção de cavas (nobre espumante DOC da Catalunia e outras regiões). Não é utilizada em varietais.
Por excelencia faz parte das castas (junto com Xar-ello e Parellada) que entram na produção de cavas – o champagne da Catalunia, Espanha. Praticamente inexiste fora dali. Antes da rígida legislação da Espanha moderna e da Comunidade Europeía (UE), os catalães chamavam seu nobre vinho espumante de “champagne”. Hoje, chamam cava, que é denominaçao DOC para vinhos produzidos em região demarcada da Catalunia e Penedés. Suas caracteristicas muito afins com sua prima francesa (embora o parentesco seja muito distante, mais de método que de essencia), revelam porque os fabricantes colocavam Champagne no rótulo.
Não sem razão, a cava tem sabores e uma coloração palha intensa, as de elaboraçao mais longa puxando para o dourado ou topázio; borbulhas intensas e finas, com perfeito “perlage” (as pérolas que se formam na superficie do vinho na taça, devido ás pequenas bolhas que vão se desprendendo do líquido) os aromas denotam um frescor, que sinaliza uma certa acidez, e notas florais e frutas tropicais (carambola e cajú); na boca, o gás carbonico dissolvido explode para um paladar intenso de ameixas, passas brancas, tamaras e damascos. Uma delícia.
A cava harmoniza-se muito bem com ocasiões especiais e festas nobres. São ótimas com entradas finas, canapés de salmão, caviar, trufas e queijos especias, como camembert, brie, saint-paulin e, enfim, roquefort. Comida japonesa, sushi, sashimi, tempura, camarão, lagosta; peixes grelhados, truta, linguado, badejo, congro. E sobremesas não muito doces como apfel-strudel (torta folheada alemã de maça), ou torta de damascos e ameixas pretas. Enfim, bebe-se cava como champagne, do começo ao fim. E na manhã seguinte. Maravilha.